11 de fevereiro de 2009

Confirmada criação do movimento nacional: Daviz Simango será candidato à Presidência da República de Moçambique

Confirmada criação do movimento nacional Daviz Simango será candidato à Presidência da República “Já não há recuo porque já há mais de 50 mil assinaturas de todas as províncias do país”, garante Geraldo Carvalho, porta-voz da organização em formação Nacala (Canal de Moçambique) - O Gabinete Candidato Independente à presidência do município da Beira vai hoje anunciar a criação de um movimento sob a liderança do engenheiro Daviz Simango. O facto foi ontem confirmado telefonicamente ao «Canal de Moçambique» pelo porta-voz do grupo, Geraldo Carvalho. Este disse-nos inclusivamente que o líder do movimento “será seguramente candidato à Presidência da República nas eleições do presente ano”. “Daviz Simango não recusou nunca e não vai recusar agora este pedido do povo de todo o país, do Rovuma ao Maputo e do Índico ao Zumbo”. “Está decidido. Vamos avançar com um movimento político inspirado em Daviz Simango. Já não há recuo. E ele vai ser candidato à Presidência da República já este ano”, disse-nos Geral Carvalho. Carvalho disse ainda que a decisão foi tomada esta segunda-feira pelo gabinete que apoiou Daviz Simango a candidatar-se à sua reeleição como edil da Beira. Ainda segundo Carvalho, porta-voz do Gabinete, a decisão final com o sentido de se avançar foi tomada dia 09 de Fevereiro, segunda-feira, “depois de auscultadas as brigadas que se deslocaram a todo o país” para aferir a disponibilidade em cada província para se avançar com a criação de um Movimento para concorrer aos próximos pleitos provinciais e gerais – legislativos e presidenciais agendados para este ano. De acordo com Geraldo Carvalho “já não há recuo”. Diz ele que foram obtidas “mais de cinquenta mil assinaturas no total de todas as províncias” para se avançar com a criação do movimento que se pretende venha a ser liderado por Daviz Simango. E “também está decidido que Daviz Simango será candidato já este ano às presidenciais”. Para formalização de partidos a lei exige apenas cem assinaturas de cidadãos, por província. “Já há fichas de assinaturas. Entre cinquenta mil a sessenta mil”, diz Carvalho. Quanto à designação que poderá vir a ter o movimento em formação Geraldo Carvalho disse-nos que há três nomes na mesa e três símbolos, mas que a decisão final caberá à Conferência Constitutiva do Movimento, a realizar-se nos próximos dias na “região centro do país”. Carvalho assegurou que vão ser tomados em consideração todos os aspectos legais para que o movimento se concretize e não fique em causa a continuidade da governação do município da Beira pelo recém empossado edil, Daviz Simango. O porta-voz do movimento deu-nos a conhecer que há três nomes na mesa para se vir a designar o movimento: REDEMO (Revolução Democrática de Moçambique), MODEMO (Movimento Democrático de Moçambique) e ainda a mesma designação mas com a sigla MDM. Existiu e ainda poderá vir a estar em cima da mesa a hipótese de se designar por FREDEMO (Frente Democrática de Moçambique). “São os nomes que vão estar na mesa da Conferência Constitutiva do Movimento e só depois se saberá em definitivo e oficialmente”. “Mas já não há recuo. Vai mesmo haver um movimento para concorrer às próximas eleições provinciais e gerais”. “Nós temos agora a missão de convencer em definitivo Daviz Simango a avançar mas temos a certeza de que ele não vai recusar pois já estamos a colocar-nos no lugar de milhares de moçambicanos de todo o país que querem que o movimento vá para a frente e tudo isto aconteça.” “Agora a candidatura já nada tem a ver com a Beira ou a província de Sofala. Já é um movimento nacional”. Mas o engenheiro Simango já aceitou?, perguntámos. “Daviz Simango jamais recusará um pedido nosso mais a mais agora que é já um pedido do povo a nível nacional”, concluiu Geraldo Carvalho um antigo oficial superior e activo guerrilheiro da RENAMO durante a guerra pela democratização do país. (Fernando Veloso) 2009-02-11