20 de fevereiro de 2009

O romance "O Último Voo do Flamingo", do escritor moçambicano Mia Couto, vai ser transposto para o cinema pela Fado Filmes

"O Último Voo do Flamingo" vai ser adaptado ao cinema O romance "O Último Voo do Flamingo", do escritor moçambicano Mia Couto, vai ser transposto para o cinema pela Fado Filmes, e as filmagens começam a 18 de Março em Marracuene. A realização estará a cargo de João Ribeiro, que com esta obra se estreia na longa-metragem. "Temos um realizador, que é o João Ribeiro, que é extremamente forte, e ao mesmo tempo com bastante experiência de produção. A adaptação foi feita por Gonçalo Galvão Teles", indicou o responsável da produtora, Luís Galvão Teles. Destacando que "a linguagem de Mia Couto é muito particular, muito poética, muito rica, e, portanto, há esse lado, que não é transponível para o cinema". "Mas a efabulação do livro está muito próxima de toda a narrativa das personagens", realçou. A escolha dos actores está a ser feita em Portugal, Brasil, Moçambique e Angola, e o filme deverá estar concluído antes do final do ano. "O filme - qualificou Galvão Teles - é um policial, que acaba como uma grande reflexão sobre Moçambique e o destino de Moçambique. Se eu conseguir estrear antes do Natal de 2009 será perfeito". As filmagens têm a duração prevista de sete semanas e a equipa técnica será mista, com a perspectiva de utilização máxima de colaboradores moçambicanos, "dentro do espírito de contribuir para o desenvolvimento do cinema em Moçambique". "O Último Voo do Flamingo" tem uma base muito aberta de produção na medida em que vai ser co-roduzido por Espanha, Brasil, Moçambique, Itália e França. Para a realização do projecto, a produtora Fado Filmes contou, entre outros, com os apoios do ICA (Instituto do Cinema e do Audiovisual), RTP (Rádio Televisão Portuguesa), VídeoFilmes (do realizador brasileiro Walter Salles) e AMOCINE(Associação Moçambicana de Cineastas). Com "O Último Voo do Flamingo", a Fado Filmes produz a segunda longa-metragem feita em Moçambique por um realizador moçambicano, desde que o país se tornou independente. A primeira longa-metragem, "O jardim do outro homem", teve a assinatura de Sol de Carvalho. Maputo, Sexta-Feira, 20 de Fevereiro de 2009:: Notícias