29 de maio de 2009

CPLP aprova centros de excelência de paz

CPLP aprova centros de excelência de paz A XI Reunião dos Ministros da Defesa da CPLP aprovou na quarta-feira, em Luanda, o modelo dos Centros de Excelência de Formação em Operações de Paz, ideia avançada há três anos pelos membros. A questão relativa aos Centros de Excelência de Formação em Operações de Paz foi aprovada em relação ao modelo em que os países vão aprovar e definir os seus próprios centros de excelência. “Isto é importante na medida em que as intervenções em operações de paz e ajuda humanitária, sobretudo no continente africano, é muito frequente e é importante que os países africanos tenham capacidade para intervir no seu próprio continente”, afirmou o ministro português da Defesa, Nuno Severiano Teixeira. Estes centros de excelência vão ter particularidades e cada um dos países vai definir dentro das suas prioridades aquilo que lhe interessa, havendo países para quem a prioridade é a aeronáutica, outros os fuzileiros ou outras áreas. O modelo está aprovado e agora cada um dos países vai definir o seu centro de excelência. Outro tema que teve destaque nesta reunião foi a questão da segurança marítima, tendo sido abordada em duas linhas diferentes. A primeira tem a ver com as ameaças e riscos transnacionais que afectam as costas, quer ocidental quer oriental, do continente africano, onde estão situados países da CPLP e que constituem ameaças à segurança dessas áreas. “Estamos a falar de todo o tipo de tráficos ilegais, de droga, se seres humanos, e agora a pirataria. Nesta área ficou claro que, no quadro da CPLP, a dimensão naval dos países é importante e a colaboração do Brasil e Portugal são importantes para potenciar essa capacidade naval e a segurança nesses países”, descreveu o governante luso. A outra dimensão da segurança marítima levantada é a questão da extensão da plataforma continental. Todos os países da CPLP são países com costa ou são ilhas e têm, por isso, um interesse especial na sua plataforma continental. A Guiné-Bissau e os seus problemas internos gerados com os assassinatos do Presidente “Nino” Vieira e do CEMGFA, Tagmé na Waié, em Março último, foi um tema igualmente abordado, tendo os ministros da Defesa da CPLP concordado na manutenção dos esforços para ajudar o país a normalizar a sua democracia. Neste aspecto, foi continuada a persuasão sobre Bissau para acelerar o processo de reforma do sector de segurança e de desmobilização dos militares excedentes, sob compromisso de apoio da comunidade para o efeito. Maputo, Sexta-Feira, 29 de Maio de 2009:: Notícias