19 de junho de 2009

Moçambique: Jornal @ Verdade relança gratuitamente “Lutar por Moçambique”


Jornal @ Verdade relança gratuitamente “Lutar por Moçambique” O jornal @ Verdade - o único gratuito em Moçambique - com a colaboração da família Mondlane, anunciou esta quinta-feira, em conferência de imprensa, que irá reeditar o livro “Lutar por Moçambique” da autoria de Eduardo Chivambo Mondlane, o primeiro presidente da Frelimo assassinado em 1969 em Dar-es-Salam na Tanzânia e considerado o arquitecto da unidade nacional. Durante 16 semanas, com a edição regular do jornal, irão sair mais quatro páginas que correspondem, uma vez recortadas, a 16 páginas do livro. No final, será oferecida uma capa rija onde o leitor poderá conservar todos os fascículos publicados mensalmente. Na conferência de imprensa que teve lugar na Mediateca do BCI – um dos patrocinadores a par da mcel – Erik Charas, o director d@ Verdade, salientou que o que é importante é “dar leitura ao povo” e, num país como Moçambique, que é muito pobre, o povo deve ter acesso a isso de uma forma gratuita. “Vamos fazer 50 mil cópias, tantas quantas o jornal, e espero que haja 50 mil livros no final.” Charas disse esperar que este exemplo, oferecer livros, possa ser seguido por outros agentes culturais no futuro breve. Eduardo Mondlane Júnior, após louvar a iniciativa, recordou os primeiros tempos da fundação da Frelimo e a procura da unidade nacional. No final frisou que a Frelimo teve um nível de influência em partidos de outros países ultrapassando largamente Moçambique. O seu nível de influência tocou vários países e não e só os lusófonos.” Para o professor Calane da Silva é claro que “não pode haver desenvolvimento sem cultura, sem conhecimento. Por isso esta iniciativa é magnífica. A minha geração, que foi educada pelos Mondlanes e outros, enriqueceu e forjou-se na leitura. Nos anos 60´já começam a aparecer livros perturbadores no sentido pleno da auto-consciência daquilo que nos moldava. Através da leitura fomos crescendo intelectualmente. Mondlane, curiosamente, cita neste livro vários poemas de Noémia de Sousa, Craveirinha, etc. Não é por acaso que a palavra estudar estava sempre na boca de Mondlane em relação aos mais novos. Mondlane disse: - Façamos de cada um dos nós a cultura de todos.” “E só através da leitura poderemos atingir esse desiderato”, concluiu Calane da Silva. Cristóvão Araújo Sapo MZ, 19 de Junho de 2009