12 de junho de 2010

Portugal: Escolas proíbem roupas curtas e decotadas


Escolas proíbem roupas curtas e decotadas

Rapazes com mais de 13 anos proibidos de usar calções ou raparigas impedidas de envergar minissaias exageradas são regras que se encontram com alguma frequência nos regulamentos internos de escolas públicas e privadas em Portugal.

Numa pesquisa rápida e aleatória na Net, a Lusa descobriu que, por exemplo, o regulamento interno da Escola Dr. Horácio Bento de Gouveia, no Funchal, Madeira, reza que os alunos devem evitar calções de praia, «minissaias exageradas», tops e camisolas de alças, vestuário roto, camisolas demasiado curtas e vestuário de cintura muito descida.
Segundo o regulamento, estas são «formas de trajar inadequadas à escola», que podem «prejudicar o equilíbrio social» da mesma.

Já o Colégio de Albergaria obriga os alunos a vestir «roupas de uso normal, tendo em atenção os padrões médios de vestuário».

«A roupa deve estar limpa e asseada, devendo os alunos vestir-se com decoro, evitando as peças extravagantes. É proibido o uso de minissaias, roupa decotada e transparente por parte das meninas, bem como o uso de calções a rapazes com idade superior a 13 anos», lê-se no regulamento do colégio.

Neste estabelecimento de ensino particular, os rapazes são ainda obrigados a ter o cabelo curto e sem pinturas, e não podem usar brincos e/ou piercings.

O jornal Correio da Manhã noticiou hoje que a Escola Secundária Dr. Jorge Correia, em Tavira, foi palco de uma onda de protestos, na terça feira, devido a um aviso da direção relativo ao uso de roupas de Verão.

Segundo o jornal, o aviso, afixado em vários pontos do estabelecimento de ensino, recomendava a alunos, professores e funcionários que não usassem chinelos, calções de praia, ou qualquer peça de vestuário demasiado curta.

Fonte do Conselho Executivo de uma escola secundária de Viana do Castelo explicou à Lusa que «é normal» os regulamentos internos «conterem algumas orientações» quanto ao vestuário a usar dentro dos estabelecimentos de ensino, «para que haja legitimidade para atuar sempre que se detetarem exageros».

«Há algumas escolas que se perdem um bocadinho em preciosismos e acabam por ser notícia, mas a verdade é que, mais que imposições, o que se pretende é transmitir normas de conduta, para que não haja problemas», acrescentou a fonte.

Sol, 12 de Junho de 2010